top of page

LoyolaMUN XIV 

Mianmar: linha tênue entre soberania e opressão

  • Thais Vilas Boas
  • 11 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Primeiro dia de reunião do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) gera discussões acerca da negligência birmanesa em relação à perseguição aos Rohingyas

O primeiro encontro das delegações pertencentes à ACNUR contou com a presença de representantes de nações convidadas. Entre estas, a delegação de Mianmar mostrou-se firme em seu posicionamento, negando qualquer tipo de envolvimento do Estado nos conflitos relacionados à crise migratória, à perseguição do povo Rohingya e à ameaça terrorista enfrentada em seu país. Outrossim, seus argumentos foram fortemente refutados, principalmente pelas grandes potências.

Em um pedido de socorro, a delegação de Bangladesh apresentou-se como incapaz de receber o alto número de refugiados birmaneses que se estabelecem em sua nação. Visto que a situação em que os apatriados se encontram é completamente desprovida de dignidade humana, foi suplicado que os países fossem mais receptivos com a possibilidade de fornecer ajuda financeira ou humanitária.

Ademais, muitos delegados ressaltaram o fato de que o governo de Mianmar pode ser tido como responsável por tais fatos, uma vez que assumiu uma postura negligente em relação à população muçulmana oprimida, não punindo os autores do discricionário massacre. Entretanto, Mianmar negou qualquer envolvimento de seu Estado com o ocorrido, que também foi relacionado a uma limpeza étnica e comparado aos ideais nazistas.

Diante de tal discussão, foi proposto que houvesse fiscalização no território birmanês , de modo a comprovar o não cumprimento dos Direitos Humanos no território. A soberania estatal de Mianmar estaria colocada em jogo, alegação que gerou um impasse a respeito da entrada dos Capacetes Azuis no país.

A proposta de resolução foi colocada em votação e um de seus tópicos foi excluído. A delegação da Palestina afirmou que a voz do comitê estava voltada apenas para as grandes potências, enquanto o Reino Unido ressaltou que os Estados submetidos à ONU devem seguir as regras da organização, independentemente do caráter recomendatório do comitê. Em um debate não moderado, era esperado que os delegados apresentassem a emenda da proposta de resolução. Todavia, após 30 minutos, um consenso não foi alcançado.

Nos próximos dias, as delegações devem apresentar a emenda da proposta de resolução e discutir a legitimidade da aplicação de sanções ao governo birmanês e maneiras de conter o conflito sem infringir a soberania do Estado. Após um discurso do secretário-geral da ONU, é importante que os delegados não se esqueçam do porquê estão reunidos, de modo a não desviar o foco da crise dos refugiados e das maneiras de combatê-la.

Comments


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page