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LoyolaMUN XIV 

Diante de uma ameaça terrorista, ACNUR entra em crise no último dia de debates

  • Thais Vilas Boas
  • 18 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Última reunião da ACNUR conta com ameaças de refugiados Rohingya e crise no comitê; delegados chegam à solução do conflito


Na manhã dessa quarta-feira (13), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados reuniu-se pela última vez para discutir a crise de refugiados em Mianmar. Após três dias de debate, as delegações presentes estabeleceram acordos e receberam informações muito importantes para o bom andamento do comitê.


No primeiro momento, um dos fatos mais importantes apresentados pela mesa foi a identificação de um navio partindo em direção a Mianmar. A navegação portava armamentos, cuja origem sérvia foi comprovada mais tarde e alterou o fluxo dos debates. A delegação birmanesa afirmou que as armas são utilizadas apenas para a manutenção da segurança interna e promoveu um acordo com a delegada da Arábia Saudita. Além disso, a intervenção dos Capacetes Azuis no território de Mianmar foi novamente condenada por seu representante, que se referiu às acusações como “rumores” e garantiu que as suas autoridades locais estão trabalhando para a fiscalização. Entretanto, é possível destacar a desconfiança por parte das outras nações em relação ao seu Estado.


Outrossim, o momento mais decisivo do comitê foi a intervenção feita por um representante da Organização das Nações Unidas. Este comunicou que um grupo terrorista de Rohingyas sequestrou um navio birmanês que portava alimentos e forneceu uma hora para que suas exigências fossem cumpridas, sob ameaça de um naufrágio que avassalaria a economia de Mianmar. Entre as suas imposições, é possível destacar tópicos básicos da Declaração Universal de Direitos Humanos: liberdade religiosa, direito de ir e vir, registro de nascimento e fim dos campos de trabalho.


Devido à severa admoestação, o comitê entrou e crise e medidas foram urgentemente tomadas para a solução do impasse. Todavia, as delegações do Japão e do Reino Unido assumiram uma forte posição e alegaram não compactuar com nenhuma forma de terrorismo e não trabalhar sob ameaças. Enquanto isso, a delegada dos Estados Unidos da América ressaltou a responsabilidade da gestão tirana do Estado birmanês no que diz respeito à situação dos Rohingyas, que assumiram a posição extremista exclusivamente por estarem desprovidos de dignidade humana.


Após uma hora de instabilidade na ACNUR, uma proposta de resolução foi aprovada e foi consentida a inviabilidade da promoção da garantia dos direitos dessa população em um período se tempo tão curto. Logo, negociações entre as nações foram capazes de solucionar o problema na medida do possível. Não obstante a isso, foi anunciado que as ameaças não passavam de um blefe do grupo, que não possuía condições de naufragar as embarcações. O último dia de negociações aconteceu com um fluxo perfeito e confirmou com maestria o caráter diplomático da ACNUR.

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